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Covid-19: Uso emergencial de vacinas é aprovado pela Anvisa

Publicada ás 14h55... Atualizada ás 16h02

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|  Foto: Pedro Conforte
A aprovação foi feita por unanimidade de votos. Foto: Pedro Conforte

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou neste domingo (17), durante reunião em Brasília, o uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. As vacinas serão distribuídas no Brasil, respectivamente, pelo Instituto Butantã e pela Fiocruz. A aprovação foi feita por unanimidade de votos.

A decisão da autoridade regulatória era o último passo para disponibilizar à população as vacinas que estão no País.  O encontro que começou ás 10h e terminou ás 15h20.

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, farmacêutica e servidora da agência foi a relatora dos pedidos e responsável pela área que trata do registro de medicamentos e vacinas. Ela foi a primeira votar a favor.

Em uma parte do seu discurso, Meiruze Freitas disse que não há tratamento preventivo para a doença.

"Faço destaque para o monitoramento contínuo para o uso emergencial. Esse monitoramento é fundamental para que os benefícios continuem a superar os riscos para as pessoas que recebem a vacina da Covid-19", disse.

Assim como no caso da CoronaVac, os técnicos da Anvisa recomendaram o monitoramento de incertezas e a reavaliação periódica da vacina de Oxford.

Meiruze destacou a falta de informações relacionadas ao tempo de proteção da vacina Coronavac.

O gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, citou duas incertezas que precisarão de acompanhamento: baixo número de idosos testados e diferenças entre o banco de semente de vírus da AstraZeneca e do Instituto Serum, laboratório da Índia.

No caso da CoronaVac, a taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência. Para a AstraZeneca, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.

Sputnik V

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devolveu o pedido de uso emergencial da Sputnik V ao laboratório responsável pela vacina. Segundo a Anvisa, o pedido foi devolvido porque o laboratório não apresentou os requisitos mínimos para que o pedido de uso emergencial pudesse ser analisado pela agência. 

De acordo com a Anvisa, apenas vacinas que estejam na Fase 3 de estudos clínicos no Brasil podem solicitar permissão para uso emergencial. Esse não é o caso da Sputnik V, desenvolvida pela Rússia. 

A Sputnik já solicitou pedido para que os testes de Fase 3 sejam realizados no Brasil, mas isso ainda não foi aprovado pela Anvisa, já que o laboratório responsável pela vacina não enviou informações que foram solicitadas pela agência.

A autorização para as pesquisas de Fase 3 da Sputnik foi solicitada à Anvisa no dia 31 de dezembro do ano passado. No dia 4 de janeiro deste ano, a agência constatou que faltam documentos e solicitou que o laboratório complemente as informações. A agência informou que aguarda a chegada desses dados. 

Niterói

O prefeito de Niterói, Axel Grael, também comemorou a liberação. A cidade seguirá o plano nacional de vacinação que terá início na próxima quarta-feira (20).

"Hoje é um dia histórico. É a vitória da ciência ter, em tempo recorde, vacinas testadas e aprovadas pela Anvisa. Em Niterói, desde o início, baseamos todas as nossas ações na ciência e nas experiências internacionais. Fomos a única cidade do Rio a participar dos testes de fase 3 da Coronavac e sinto que nossa cidade colaborou com esse resultado que mostra eficácia e segurança da vacina.  Portanto, estamos em Niterói com toda a logística pronta para iniciar a vacinação. Só aguardamos, ansiosos, a chegada das doses que caberão a Niterói para começar a imunizar nossa população. É um dia para se comemorar, mas também para ter a consciência de que o vírus ainda está em circulação e não podemos relaxar nas nossas medidas de prevenção com distanciamento social, uso de máscaras e a higiene. Vamos vencer essa guerra", destacou.

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